Esperamos que todas e todos gostem!
AMOR EM MATEMÁTICA
Minha vida é uma equação
Sem fórmula, sem solução.
Relaciono medidas
Calculo áreas, sou mesmo um polígono torto...
Componho um triângulo amoroso, doloroso,
Somo problemas inconsequentes,
Subtraio prazeres incertos
Multiplico questionamentos
Dividindo meus sentimentos...
Sou um teorema estranho,
Inexato, sem explicação,
Coração bigeminado
Caminho desgastado
No perímetro da vida.
Sou Regra de Três
Ou jogo de xadrez
Num xeque-mate
Que não me permite divisibilidade!
Emoções surradas, na teima
Na lida, na espera!
E a segunda milha?
Com quem trilhar? Haverá?
Estrangulada a aorta martela,
Matematicamente batendo a vida,
Num compasso de alternâncias...
Sangue vivo no vai e vem
Martirizando a minha mente,
Injustamente!
Asfixia! Na representação gráfica, a asfixia...
O sangue é tóxico, a vida é vã,
Sem poesias, alegrias ou metáforas...
Temperamental, maníaca,
Nada sabia, entretanto,
Que na matemática da vida
Não há cálculo, nem médias,
Nem sequer regras rígidas.
Não há ciências exatas nas operações...
Escondido, na palma da mão,
Eu tenho em segredo
O quociente da situação.
Transformo investimentos afetivos
Com altas taxas de juros
Em saldo real, positivo,
Significando o meu lenitivo
De continuar solta, em abstração,
Na matemática fria da minha emoção.
Autora: Amélia Luz
Santo Antônio de Pádua, RJ
Muito agradeço a postagem, amados amigos.
ResponderExcluirNós é que agradecemos, Amélia!
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