Uma realidade? Um mito? Ou um delírio da imaginação dos poetas?
Esses versos têm 23 anos de idade, mas uma poesia que perpassa os tempos...
O CANTO DA SEREIA
Caminho pela praia de água cristalina,
Transparente como se fosse feita
Com milhares de grãos de diamante.
A luz branca e mágica do sol
Faz brotar minúsculos arco-íris do chão.
Caminho nas nuvens, em busca do pote de ouro.
Mergulho nas cores que me envolvem por inteiro.
A dureza do diamante acaricia a minha pele
Como delicada seda do Oriente,
Numa massagem fantástica
Que me faz sonhar até a exaustão.
Olho para o mar, espelho de cristal.
A luz do sol o transforma
Em um belo tapete de neve.
Impulsionado por uma canção
Que brota do meu interior,
Caminho pelo tapete que me envolve com seu calor.
Aos poucos percebo uma imagem.
A canção que sai de mim está nela,
A brancura da neve do tapete
Cobre todo o seu corpo.
Dos olhos brotam duas cachoeiras
De uma forte luz multicor.
Deixo-me envolver pelo abraço de seus cabelos,
Sinto o cheiro das damas da noite.
Meus lábios tocam a maciez da neve
Em uma suave valsa de beijos.
Ela me pega em seu colo
E me conduz para o fundo do oceano da canção.
Vejo cavalos marinhos, peixes, estrelas,
Sinto o sabor doce de algas macias.
Ela me abraça, fico sem fôlego.
A brancura toma conta do meu corpo.
Ela me traga.
Sinto a maciez da seda do Oriente,
Vejo o arco-íris jorrando de seus olhos,
Encontro e respiro o pote de ouro,
Transformo-me em um diamante de felicidade
Que explode em luzes coloridas
Fazendo de uma simples existência
Muitas e muitas vidas.
Autor: Roman Lopes
Guarulhos - SP
Escrito em 1998
Lindo!!
ResponderExcluirMuito obrigado! É uma felicidade imensa ouvir isso!
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