quinta-feira, 29 de outubro de 2020

VESTIMENTA DESEJANTE

 Versos retirados de um baú raso, de 4 anos atrás... Espero que todas e todos gostem...


VESTIMENTA DESEJANTE

 Não consigo desnudar-me diante de você.

Meu corpo nu veste-se de fantasia,

Ao contato com a magia do seu sorriso.

Portal deslumbrante de uma dimensão metafórica,

Por onde penetro na geografia de um território de ressaca,

Transformando-me em aventureiro numa sacra jornada

De profanação aromática dos templos fugidios.

Meus olhos boquiabertos vislumbram caminhos de tornado,

Cujo vórtice é o manifesto dadaísta de uma era maravilha.

Os montes alvos de rosados picos,

Aveludada pedra ao toque enrijecida.

O bosque de mata pubiana

Que esconde em seus vales dançantes,

O ritmo suave da cachoeira do seu gosto.

O voo retumbante pela planície ondulada por estradas curvas,

Precipícios que levam ao êxtase profundo...

 

Não consigo desnudar-me diante de você,

Pois nesse mundo gozo de tempestade e fúria,

Onde a calmaria é vento que sopra em todas as direções,

Onde as pessoas são todas entes maravilhados,

Onde não existem gêneros e nem etnias,

Onde não existem noites e nem dias,

O meu corpo nu só consegue vestir a natureza

Da roupa da plenitude apaixonada.

Autor: Roman Lopes
Guarulhos - SP
Escrita em 2016


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